terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Entrevista I - Arthur Dohler Machado Fernandes

1 - Você escolheu a escrita ou foi ela quem te escolheu?
Durante todo meu desenvolvimento educacional, sempre houve a presença de livros. Seja por influência dos pais, ou pela simples curiosidade de pegar algo da estante, eu me entendo como leitor desde que ler deixou de ser uma habilidade para se tornar um hábito. Quando arrisquei escrever algo, acreditei ter atingido um ponto em que eu havia lido tanto, que estava preparado para arriscar produzir. À grosso modo, eu apenas disse “Eu consigo escrever”, e a escrita respondeu “Duvido”.

2 - Qual é a sua dica para quem está no início do caminho literário?
Todos os sonhos são difíceis, mas todos eles também são alcançáveis. Escreva, não tenha medo de errar, apagar e reescrever a mesma história mil vezes, permita-se frustrar-se para somente então, se aperfeiçoar. Promova-se, participe de concursos literários, afilia-se a um grêmio ou uma academia de letras. Reúna material o bastante, e não tenha pressa para fazer isso. Mas quando tiver feito, entre no mercado das letras da forma mais amadora possível. A internet é uma ferramenta, use-a. Quanto a produção, posso resumir dizendo que “Talento é acertar um alvo que ninguém acerta, genialidade é acertar um alvo que ninguém vê.” – Mire no invisível.

3 - Qual fonte de informação você lê praticamente todos os dias?
O noticiário de uma forma geral, mas eu procuro sempre me alimentar de ficção ocasionalmente, mesmo que não seja um hábito diário, mais por ocasião do que por vontade.

4 - Num panorama geral, o que acha dos grupos literários do Facebook?
Muitos deles são úteis para divulgação e pesquisas comerciais. Grande parte do seu conteúdo é fútil e desviar de seu propósito é uma tarefa mais simples do que parece. Mas seu uso pode ser benéfico, se administrado com profissionalismo, seriedade e certo grau de frieza. Amplie sua rede e tire suas dúvidas, mas restrinja suas interações somente ao indispensável.

5 - Na sua opinião, quais são as vantagens do livro físico? E do livro virtual (e-book)?
Um e-book é fácil e prático para locomoção e é acessível em quase todos lugares, seu peso é nulo e sua praticidade alta. Mas parafraseando Stan Lee: “Livros são como um par de seios. É bonito em uma tela, mas nada se compara a tê-los em mãos.”

6 - Qual blog ou fanpage do meio literário você indica?
Vamos ser egocêntricos? Além das diversas revistas virtuais, como Vaca Tussa, por exemplo, eu divulgo a minha, C0smo, no Facebook. Acesse e seja egocêntrico conosco.

7 - Deixe seu depoimento sobre o trabalho realizado pelo Projeto Author.
A característica que mais posso ressaltar e que certamente devo, é seu profissionalismo e compromisso com novos autores. Existem serviços que cobram muito e servem pouco, esse projeto consegue encontrar um ponto de equilíbrio confortável entre essas duas coisas. Se você é um autor amador e deseja ser divulgado, o projeto Author pode ser um excelente começo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário