terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Entrevista II - Arthur Dohler Machado Fernandes

1 - Quando começou a escrever?
Por volta dos 9 anos de idade, eu comecei a esboçar escrita em pequenas histórias, no nível mais amador possível. Somente sete anos depois comecei a redigir textos com intuído de publicação. E somente aos 17 anos consegui publicar.

2 - O que impulsiona sua inspiração?
Foram influências externas que me levaram a adotar literatura fantástica como gênero. Entre tantos mestres nacionais e estrangeiros que posso citar, são as histórias de Tolkien que despertaram minha atenção e posteriormente, meu interesse.

3 - Qual é o seu "livro de cabeceira"?
O velho e o mar, de Ernest Hemingway. – Se é que existe tal coisa.

4 - Como é a sua rotina com o ritual da escrita?
Eu procuro me disciplinar para produzir textos diariamente, seja prosa ou poesia, independente do tamanho e gênero. Escrever é um hábito, e como todo hábito, deve ser exercitado. Quanto trabalho em um romance, busco produzir ao menos uma página por dia. – É claro que não é sempre que tenho sucesso.

5 - Qual é seu escritor e/ou obra favoritos? Por quê?
Posso dizer com segurança que meus maiores influenciadores são os mestres em suas áreas, Lovecraft e Tolkien sempre compuseram minha biblioteca. Foram em suas obras que espelhei grande parte dos meus trabalhos e que partir disso, pude aperfeiçoar. E conforme for me espelhando em novos mestres, traçarei minha identidade em constante aprendizado.

6 - Quem te apoia e te motiva no caminho literário?
Atualmente eu integro o cast da editora Litteris e do Grêmio Barramansense de letras. Pessoalmente, foi o editor Artur Rodrigues que me abriu a maior das portas. Tive mais apoiadores externos do que dentro de meu círculo familiar, mas é claro, a família possui seu mérito. Também conto com o apoio da Corporação Cosmo e de diversos clubes literários virtuais.

7 - Deixe seu depoimento sobre como é participar do Projeto Author no Whatsapp.
Estabelecer uma rede de contatos com outros autores e ser divulgado em clubes virtuais são o básico para qualquer escritor amador que busque patamares mais elevados. Nesse quesito, o projeto oferece um suporte raro de encontrar tão facilmente. E mais raramente ainda, ele cumpre esse propósito com excelência.


"TOP 6" por Arthur Dohler Machado Fernandes

1 - Um livro que você adoraria ter escrito.
Sem dúvida a trilogia Senhor dos Anéis.

2 - Um livro que você jamais teria escrito.
O livro que jamais teria escrito é o mesmo que desejaria ter escrito. A espantosa capacidade de Tolkien de desenvolver mundos e explorar cada metro quadro de suas criações é o que mais me fascina. Seu perfeccionismo é tão assustador quanto sua criatividade, e ao meu ver, igualmente imbatíveis.

3 - Todo livro pode virar filme?
Sim. Todo enredo, por mais sofisticado que seja pode ser adaptado para roteiro, independente de como sua dinâmica é trabalhada no material original. No entanto, sempre haverá perda de conteúdo em relação ao livro, uma vez que filmes trabalham com mais velocidade e menos imersão é apresentada em um tempo limitado. Nem todas as produções são perfeitas, mas certamente elas possuem o potencial para chegarem perto, e se irão, depende de muitos fatores altamente variáveis, como por exemplo, o comprometimento da produtora. – Não é algo com que o autor possa barganhar.

4 - Literatura nacional ou internacional?
Todo mercado possui seus destaques. Alguns não são comparáveis entre si, mas ambos possuem seu valor, e eu, certamente me alimento dos dois. Grande parte dos leitores brasileiros, principalmente do público juvenil, têm adaptado seus gostos para o mercado estrangeiro, afastando-se cada vez mais da literatura nacional. Para alguns, pode ser absurdo dizer, mas algumas obras, como as de Clarice Lispector, podem ser tão esclarecedoras e tão intrigantes quanto Agatha Christie.

5 - Um gênero literário.
Suspense. Por respeito ao gênero, não direi o resto.

6 - Uma indicação para a Academia Brasileira de Letras.
Michel Laub